No 28 de Outubro de 1755 morreu, em Paris, o compositor francês Joseph Bodin de Boismortier, invejado por uns, odiado por outros e amado por outros tantos. Tinha nascido a 23 de Dezembro de 1689, em Thionville.
Mudou-se para Paris em 1724, onde iniciou uma
fecunda carreira como compositor. Publicou 102 obras que abrangeram as mais
diversas formas musicais, tanto no campo vocal como instrumental.
A popularidade das obras de Boismortier permitiu-lhe sempre uma certa
independência económica, sem ter necessidade de recorrer a patronos, recurso
muito utilizado na sua época. Poucas contêm dedicatórias e, quando estas
existem, enfatizam sempre uma estreita relação entre o compositor e a pessoa a
quem é dedicada a obra, nunca revelando uma atitude servil ou bajuladora.
Embora tenha composto com o principal objectivo de atingir popularidade
rapidamente, o que fez com que Boismortier tenha enriquecido em pouco tempo, as
suas obras não são de menosprezar. Um teórico musical da época escreveu, em tom
de crítica: "Contente anda o Boismortier, cuja caneta fértil consegue dar
à luz, sem dor, uma peça de música por mês". A tal crítica, consta que
Boismortier simplesmente respondeu: "Estou a ganhar dinheiro...".
Recentemente, a sua obra tem vindo a ser redescoberta e as suas composições de
câmara são de tal nível e em tal quantidade que lhe têm valido a alcunha de
"Telemann francês". Tal como o seu colega alemão, Boismortier
conhecia, a fundo, os instrumentos para os quais compunha e o seu texto musical
é sempre fluente e equilibrado.
Sonata VI a, em Ré maior,
de Joseph Bodin de Boismortier
Agrupamento Corelli Consort
Agrupamento Corelli Consort
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