No dia 11 de Fevereiro de 1926 nasceu, em Motherwell, o maestro escocês Alexander Gibson.
Embora a sua família tivesse muito pouco a ver
com música, o pequeno Alex, desde muito cedo, tinha o hábito de, aos Sábados à
noite, ir, com alguns amigos, assistir às actuações da Orquestra da Escócia, em
Glasgow. Começou por estudar música na Royal Scottish Academy of Music e, aos
17 anos, já era organista numa igreja da vizinhança. Licenciou-se em Literatura
Inglesa e Música, na Universidade de Glasgow.
Entre 1944 e 1948 cumpriu o serviço militar, sendo pianista na Royal Signals
Band, onde também fazia arranjos de concertos de Mozart, Beethoven, Schumann,
Grieg e Rachmaninov. Em 1948 deixou a vida militar e, pouco tempo depois,
ganhou uma bolsa de estudo para frequentar a Royal College of Music, onde lhe
disseram que não podia frequentar as aulas de direcção de orquestra, por não
ter conhecimentos teóricos suficientes. Como resposta, Gibson formou a sua
própria orquestra e, subsequentemente, as autoridades da Universidade
reconheceram o seu enorme talento.
Em 1952, foi nomeado maestro assistente da Orquestra Escocesa da BBC, onde
permaneceu durante dois anos. Em 1959 foi-lhe oferecido o cargo de maestro da
Orquestra Nacional da Escócia. Depois de uma noite sem dormir, a contrapor os
prós e os contras desse passo, decidiu aceitar o cargo. Na manchete do jornal
“The Scotsman” lia-se: “A Orquestra
Nacional da Escócia tem um novo maestro. E é escocês!”. Sob a batuta de
Alexander Gibson, a orquestra atingiu reputação internacional e, em 1975,
tornou-se a primeira orquestra inglesa, fora de Londres, a fazer uma digressão
pela América do Norte.
De 1981 a 1983, foi o maestro principal da Orquestra Sinfónica de Houston, no
Texas. Durante a sua carreira deu vários concertos, com as principais
orquestras inglesas, pela Europa, Austrália, América, Hong Kong e Japão. Ganhou
um grande número de prémios por esse mundo fora e é Doutor “Honoris Causa” de
várias universidades. Fez um notável trabalho em prol da ópera no Reino Unido,
o que lhe valeu, para além de ter recebido a Ordem do Império Britânico e
recebido o título de Sir, ter sido dado o seu nome à primeira escola de ópera
britânica e colocado o seu busto no Teatro Real de Glasgow. Fundou a Ópera
Escocesa, em 1962, e foi seu director até 1986. No ano seguinte, foi nomeado
director honorário e conservou esse lugar até que morreu, no dia 14 de Janeiro
de 1995, devido a complicações, depois de ter sofrido um ataque cardíaco. Tinha
68 anos.
Capricho Italiano, op.
45, de Tchaikovsky
Nova Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: Sir Alexander Gibson
Nova Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: Sir Alexander Gibson
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