No dia 26 de Fevereiro de 1770 morreu, em Pádua, o compositor e pedagogo italiano Giuseppe Tartini, responsável pela evolução do concerto e da sonata. Tinha nascido em Pirano, no dia 8 de Abril de 1692.
Logo em criança recebeu lições de música e
violino, mas, até aos vinte anos, pouco se interessou pela música, dedicando-se
ao estudo de direito, na Universidade de Pádua.
Ao casar-se, secretamente, com a sobrinha de um cardeal teve ordem de prisão.
Disfarçando-se de frade, conseguiu fugir, encontrando refúgio no convento dos
franciscanos de Assis e foi durante esse longo retiro que se dedicou
intensamente à música. Nessa época compôs muitas obras e, sobretudo, estudou em
profundidade a técnica do violino, tendo mesmo pesquisado novas possibilidades
para o instrumento. Ao mesmo tempo, fez importante trabalho didáctico,
escrevendo um Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia. Mais
tarde, perdoado pelo cardeal, voltou a Pádua, iniciando, então, a carreira de
concertista. Um enorme sucesso atraiu-lhe uma grande quantidade de alunos, de
vários países.
Em 1728, Giuseppe Tartini fundou uma escola de violino em Pádua, denominada
Escola das Nações, onde se formaram grandes violinistas da época. Adquiriu
grande reputação como virtuoso e professor. Uma bela noite, sonhou que tinha
vendido a sua alma ao diabo, que depois lhe tocou a peça para violino mais bela
que jamais ouvira. Na manhã seguinte, Tartini compôs a sua grande obra, a
sonata “O Trilo do Diabo”, dizendo que era um pálido reflexo do que ouvira.
1º andamento da Sonata em
sol menor, 'Il trillo del diavolo', de Giuseppe Tartini
Violino: Itzhak Perlman
Piano: Janet Goodman Guggenheim
Violino: Itzhak Perlman
Piano: Janet Goodman Guggenheim
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