No dia 18 de Fevereiro de 1956, morreu, em Paris, o compositor francês Gustave Charpentier.
Filho de um padeiro, nasceu a 25 de Junho de
1860, em Dieuze, na Lorena, mas deixou a região natal, com a família, depois da
guerra franco-prussiana de 1870. Na cidade de Tourcoing, perto de Lille, cursou
violino e harmonia na Escola das Belas Artes e foi o município dessa cidade que
lhe ofereceu uma bolsa para continuar os estudos no Conservatório de Paris. Aí,
foi aluno de Émile Pessard e de Jules Massenet.
Preocupado com as questões sociais, Charpentier foi o fundador do Conservatório
Popular Mimi Pinson, destinado à educação artística gratuita das jovens operárias,
e da Federação dos Artistas Músicos, organismo sindical dos músicos de Paris.
Mas no plano musical tinha igualmente talento e personalidade fortes. Diga-se,
por exemplo, que a sua obra ‘A Coroação da Musa’, que compôs na juventude e,
então, não mereceu grande sucesso, viria a ser executada nas comemorações do bimilenário
de Paris e Montmartre, com 1250 intérpretes em cena e apresentada por ele
próprio, aos 91 anos.
Em 1887, ganhou o Grande Prémio de Roma com a cantata Didon.
Tendo sido compositor de música que, por vezes, era intencionalmente
excêntrica, a sua obra é principalmente associada à criação de ‘A Coroação da
Musa’, um espectáculo que tinha Montmartre por cenário, e à ópera ‘Louise’,
considerada a sua obra-prima e de que veio a ser feita uma versão cinematográfica.
Ária “Depuis le jour”,
da ópera “Louise”, de Gustave Charpentier
Soprano: Renée Fleming
Soprano: Renée Fleming
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