No dia 21 de Fevereiro de 1893, nasceu em Linares, na Espanha, o guitarrista Andrés Segovia.
Considerado pela maioria dos estudiosos de
música como o pai da guitarra clássica, Segovia dizia que “resgatou a guitarra
das mãos dos ciganos flamencos” e construiu um repertório clássico que permitiu
ao instrumento ter um lugar nas salas de concerto.
O primeiro contacto de Segovia com a guitarra foi aos quatro anos de idade. O
seu tio entoava-lhe canções, enquanto ele tocava uma guitarra imaginária. Isto
entusiasmou Segovia a elevar a guitarra ao estatuto do piano e do violino. O
sonho dele era que a guitarra fosse tocada e estudada em todos os países e
universidades do mundo.
A primeira apresentação de Segovia foi em Espanha, quando tinha 16 anos. Poucos
anos depois, deu o seu primeiro concerto profissional em Madrid, tocando
transcrições de Tárrega e algumas obras de Bach, que ele próprio transcreveu.
Em 1916, fez uma digressão pela América do Sul e, em 1924, apresentou-se em
Paris e em Londres. Seguiu, depois, para várias outras cidades na Europa e na
Rússia. Em 1935, estreou a “Chaconne”, de Bach, uma peça difícil para qualquer
instrumento, e originalmente escrita para violino solo. Mudou-se para
Montevideo, fazendo muitos concertos na América do Sul, nas décadas de 1930 e
40.
Depois da II Guerra, Segovia começou a gravar mais frequentemente e a fazer
digressões regulares pela Europa e Estados Unidos. Em 1981, e em reconhecimento
da sua enorme contribuição cultural, foi-lhe atribuído o título de Marquês de
Salobreña. Morreu em Madrid, vítima de ataque cardíaco, no dia 3 de Junho de
1987, tendo concretizado o desejo de transformar a guitarra num instrumento de
concerto.
“Astúrias”, da Suite
“Cantos de Espanha”, de Albeniz
Guitarra: Andrés Segovia
Guitarra: Andrés Segovia
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