No dia 23 de Janeiro de 1981 morreu, em Nova Iorque, o compositor norte-americano Samuel Barber. Tinha nascido em Westchester, na Pennsylvania no dia 9 de Março de 1910.
Notabilizou-se como compositor e começou cedo:
assinou a sua primeira composição quando tinha sete anos e aos 10, tentou
escrever uma ópera. Foi organista aos 12 anos e, quando fez 14, ingressou no Curtis
Institute, em Filadélfia, onde estudou piano, composição e canto. Ganhou duas
vezes o Prémio Pulitzer: em 1958, pela sua primeira ópera, Vanessa e em 1963
pelo Concerto para piano e orquestra.
Barber passou muitos anos em reclusão depois de a sua terceira ópera “António e
Cleópatra” ter sido rejeitada. Sofreu de depressão e tornou-se alcoólico. A
ópera tinha sido escrita para a ocasião da abertura do novo Metropolitan Opera,
no dia 16 de Setembro de 1966. Depois deste contratempo, continuou a escrever
música até aos 70 anos. A música dos seus últimos anos seria aclamada como
meditativa e contemplativa, mas sem a característica de infelicidade de outros
compositores no final da vida.
Ficou célebre, acima de tudo, pelo Adágio para Cordas, que é uma das obras
clássicas mais utilizadas no cinema, nos mais diversos tipos de filmes.
Em Janeiro de 1938, Barber enviou o Adagio a Arturo Toscanini. O maestro
devolveu-lhe a partitura sem qualquer comentário, o que desgostou severamente o
jovem compositor. Passado pouco tempo, Toscanini escreveu a um amigo, dando
notícia de que estava a preparar a apresentação da peça e acrescentou que a devolvera
sem comentários porque, simplesmente… a tinha memorizado integralmente. No dia
5 de Novembro desse ano de 1938 o Adagio para Cordas teve a sua estreia com a
Orquestra Sinfónica da NBC. Foi interpretada a versão original do arranjo do
próprio Barber e a dirigir a orquestra estava Toscanini.
Adagio, do Quarteto para
cordas, op. 11, de Samuel Barber (arranjos para orquestra)
Orquestra Sinfónica da NBC
Maestro: Arturo Toscanini
Orquestra Sinfónica da NBC
Maestro: Arturo Toscanini
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