quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Samuel Barber – Compositor norte-americano

No dia 23 de Janeiro de 1981 morreu, em Nova Iorque, o compositor norte-americano Samuel Barber. Tinha nascido em Westchester, na Pennsylvania no dia 9 de Março de 1910.


Notabilizou-se como compositor e começou cedo: assinou a sua primeira composição quando tinha sete anos e aos 10, tentou escrever uma ópera. Foi organista aos 12 anos e, quando fez 14, ingressou no Curtis Institute, em Filadélfia, onde estudou piano, composição e canto. Ganhou duas vezes o Prémio Pulitzer: em 1958, pela sua primeira ópera, Vanessa e em 1963 pelo Concerto para piano e orquestra.
Barber passou muitos anos em reclusão depois de a sua terceira ópera “António e Cleópatra” ter sido rejeitada. Sofreu de depressão e tornou-se alcoólico. A ópera tinha sido escrita para a ocasião da abertura do novo Metropolitan Opera, no dia 16 de Setembro de 1966. Depois deste contratempo, continuou a escrever música até aos 70 anos. A música dos seus últimos anos seria aclamada como meditativa e contemplativa, mas sem a característica de infelicidade de outros compositores no final da vida.
Ficou célebre, acima de tudo, pelo Adágio para Cordas, que é uma das obras clássicas mais utilizadas no cinema, nos mais diversos tipos de filmes.
Em Janeiro de 1938, Barber enviou o Adagio a Arturo Toscanini. O maestro devolveu-lhe a partitura sem qualquer comentário, o que desgostou severamente o jovem compositor. Passado pouco tempo, Toscanini escreveu a um amigo, dando notícia de que estava a preparar a apresentação da peça e acrescentou que a devolvera sem comentários porque, simplesmente… a tinha memorizado integralmente. No dia 5 de Novembro desse ano de 1938 o Adagio para Cordas teve a sua estreia com a Orquestra Sinfónica da NBC. Foi interpretada a versão original do arranjo do próprio Barber e a dirigir a orquestra estava Toscanini.
Adagio, do Quarteto para cordas, op. 11, de Samuel Barber (arranjos para orquestra)
Orquestra Sinfónica da NBC
Maestro: Arturo Toscanini

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