No dia 29 de Janeiro de 1962 faleceu, em Nova Iorque, o violinista e compositor Fritz Kreisler. Filho de pai judeu e mãe católica, tinha nascido, em Viena, no dia 2 de Fevereiro de 1875.
Entrou no Conservatório aos 7 anos e, mais tarde,
estudou, também, em Paris. Tinha um talento fora do comum para tocar violino, o
que fez com que a sua técnica parecesse incólume às várias mudanças de rumo
que, em determinado período, a sua vida foi sofrendo. Nos finais da década de
1880, depois de uma bem-sucedida digressão pelos Estados Unidos, viu recusada a
sua pretensão de ingressar na Orquestra Filarmónica de Viena, o que o levou a
abandonar a música e a seguir medicina, tal como o seu pai, que era um
conceituado cirurgião. Uns anos depois, deixou a área da saúde e regressou às
artes, dedicando-se à pintura. Andou por Paris e Roma a tentar aperfeiçoar o
dom de pintor; coisa de pouca duração. Algum tempo depois virou-se para as
artes da guerra, alistando-se no exército. A aventura bélica durou cerca de um
ano, após o que decidiu regressar às origens e voltar a pegar no violino.
Tinham-se passado, entretanto, cerca de 10 anos, e para regressar à música, no
ano de 1899, Fritz Kreisler necessitou de um prolongado período de preparação
de exactamente… 8 semanas. Entre 1901 e 1903 fez várias digressões pelos
Estados Unidos que marcaram o início do reconhecimento internacional daquele
que viria a ser um dos violinistas mais marcantes da primeira metade do século
XX. Deu concertos públicos até 1947, com alguns interregnos pelo meio devido às
duas grandes guerras.
Como compositor, fez arranjos e transcrições – e apresentou uma controversa
série de peças que foram atribuídas a compositores anteriores, mas que, de
facto, eram de sua autoria.
Liebesleid, de Fritz Kreisler
Violinista: Gidon Kremer
Pianista: Martha Argerich
Violinista: Gidon Kremer
Pianista: Martha Argerich
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