No dia 14 de Janeiro de 1875, nasceu em Kaysersberg, na Alsácia, o teólogo, filósofo, médico e organista Dr. Albert Schweitzer, que recebeu o prémio Nobel da Paz no dia 10 de Dezembro de 1952.
Desde muito cedo ficou claro que era um menino
diferente. A sua sensibilidade para a música era fora do normal. A primeira vez
que ouviu duas vozes a cantar em dueto, teve de se encostar à parede para não
cair. Noutra altura, ao ouvir pela primeira vez um grupo de metais, Schweitzer
quase desmaiou de prazer. Com cinco anos começou a tocar piano. Mas logo se
apaixonou pelo órgão de tubos da igreja na qual o seu pai era pastor. Aos nove
anos já era o organista oficial. Formou-se em Teologia e Filosofia na Universidade
de Estrasburgo, onde foi professor a partir de 1901. Tornou-se também um dos
melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.
Aos trinta anos, Schweitzer gozava de uma posição invejável: trabalhava numa
das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como
músico e prestígio como pastor da Igreja. Porém, isto não lhe bastou. Em 1905,
iniciou o curso de medicina, e, seis anos mais tarde, já formado, casou-se e
decidiu partir para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão necessitava de
médicos. Improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendia os seus
doentes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o
idioma que não entendia, a carência de remédios e de instrumentos. Tratava mais
de 40 doentes por dia. Extasiou o mundo com a sua vida e a sua obra e, em 1952,
recebeu o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços pela "Irmandade das
Nações". Morreu a 4 de Setembro de 1965, em Lambaréné, no Gabão.
Fantasia e Fuga em sol
menor, de Johann Sebastian Bach
Órgão: Albert Schweitzer
Órgão: Albert Schweitzer
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