No dia 8 de Janeiro de 1713 morreu, em Roma, o compositor italiano Arcangelo Corelli. Tinha nascido em Fusignano, Ravena, a 17 de Fevereiro de 1653.
As suas obras para violino e cravo foram usadas,
durante o século XVIII, para fins didácticos e hoje é-lhes reconhecido grande
valor estético. Foi Corelli que emancipou o violino das funções de mero
acompanhante, completando o processo de dignificação do instrumento iniciado
com a genialidade artesanal de Stradivarius, Guarnieri e Amati. A história
recorda-o como sendo “O fundador das técnicas modernas do violino”, “O primeiro
grande violinista do mundo” e o “Pai do Concerto Grosso”.
Embora Corelli não tivesse sido o inventor do Concerto Grosso, foi ele que
demonstrou as potencialidades desta forma musical, a popularizou e quem
escreveu a primeira grande música para ela. Como violinista virtuoso,
contribuiu para consolidar modernas técnicas do arco e foi um dos primeiros a
usar efeitos harmónicos no violino. Como professor daquele instrumento, as suas
realizações também foram notáveis, tendo entre os seus alunos Francesco
Geminiani e Antonio Vivaldi. Experiências humilhantes como intérprete levaram
Corelli a um recolhimento melancólico, mas nem por isso deixaram de lhe
homenagear a memória. Foi sepultado no Panteão de Roma, perto de Rafael.
Corelli é, sobretudo, conhecido pelos seus doze concerti grossi, que
representaram uma nova forma de composição.
Concerto Grosso em ré
maior, op. 6, nº 4, de Arcangelo Corelli
Europa Galante
Maestro: Fabio Biondi
Europa Galante
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