quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Francis Poulenc – Compositor e pianista francês

No dia 30 de Janeiro de 1963 morreu o compositor e pianista francês Francis Poulenc. Tinha nascido em Paris, no dia 7 de Janeiro de 1899.


Aprendeu piano com a mãe e começou a compor com 7 anos de idade. Aos 15 anos estudou com Ricardo Vinhes, que o encorajou a compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua “Rapsodie Nègre” deu-lhe uma proeminência notável em Paris. Mesmo assim, os seus conhecimentos técnicos eram escassos. Nunca frequentou o Conservatório, pelo que, em 1920, decidiu estudar harmonia durante três anos, mas nunca estudou contraponto nem orquestração.
A sua vida foi de constante luta interna. Tendo nascido e sido educado na religião católica, debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais, pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Alguns autores consideram mesmo que foi o primeiro compositor abertamente homossexual, embora tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha.
O Dicionário Oxford de Música classifica a sua música como “essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX” e diz que tem talento, elegância, profundidade de sentimento e doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica.
Poulenc fez parte dum grupo de seis compositores escolhidos pelo crítico Henri Collete e que ficaram conhecidos por “Les Six”. Deram concertos juntos, baseando-se num manifesto de inspiração no chamado “folclore parisiense”, isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais e nas bandas de circo.
A obra de Poulenc, no estilo dos Seis, chamou a atenção de Stravinsky e Diaguilev e veio a dar origem às suas obras mais conhecidas, as canções para voz e piano, sobre poemas de Apollinaire e de Paul Elouard, que, de resto, foi amigo pessoal de Poulenc. É uma obra ecléctica e ao mesmo tempo pessoal.
A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud, conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levou Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições com um tom mais austero e sombrio.
Glória, de Francis Poulenc
Soprano: Barbara Hendricks
Orquestra Nacional de Lille
Maestro: Jean-Claude Casadesus

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