No dia 21 de Julho de 1920 nasceu em Kremenetz, na Ucrânia, o violinista Isaac Stern.
Foi levado para San Francisco com menos de um
ano – e foi naquela cidade americana que fez toda a sua aprendizagem musical.
Deu o seu primeiro concerto com orquestra aos 11 anos e aos 23 teve um
estrondoso sucesso no mais faustoso e exigente palco dos Estados Unidos, o
Carnegie Hall. Foi mesmo, durante muitos anos, presidente do Carnegie Hall.
Virtuoso deslumbrante, trabalhador incansável da arte do violino, Isaac Stern
emprestou a sua técnica e sensibilidade musical incomparáveis a quase todos os
grandes compositores da grande música. Gravou ao todo, mais de cem discos.
Mas além de extraordinário violinista, Isaac Stern foi também um cidadão de
elevado sentido humanista: Ficou célebre a sua recusa de tocar com o maestro
Herbert von Karajan, em virtude da simpatia nazi do célebre regente da
Filarmónica de Berlim, um maestro com quem qualquer músico pagaria para tocar.
Honrando a sua ascendência judia, Stern deu, graciosamente, um memorável
concerto em Jerusalém em 1967, na comemoração da paz que se seguiu à Guerra dos
6 Dias. Executou magistralmente um Concerto para Violino e Orquestra de
Mendelssohn, acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Israel, sob a direcção
de Leonard Bernstein. A performance, de resto, fez parte do filme “Uma Jornada
em Jerusalém”.
Este prodigioso músico, que morreu em Nova Iorque a 22 de Setembro de 2001,
tendo sido o único grande violinista que fez toda a sua formação na América,
viu a sua condição de “cidadão do mundo” reconhecida quando o governo chinês,
para assinalar a sua abertura política em 1979, o convidou expressamente para
se deslocar à China e interpretar um momento histórico que ficou registado no
célebre documentário “De Mao a Mozart”.
Excerto do Concerto para
violino, de Mendelssohn
Violino: Isaac Stern
Orquestra dos Concertos Gebouw de Amesterdão
Maestro: Bernard Haitink
Violino: Isaac Stern
Orquestra dos Concertos Gebouw de Amesterdão
Maestro: Bernard Haitink
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