No dia 13 de Julho de 1924 nasceu em Vidalenzo, perto de Parma, o tenor italiano Carlo Bergonzi, que se manteve a cantar até aos 75 anos.
Começou os estudos vocais como barítono, no
Conservatório de Parma, quando tinha 14 anos. Durante a 2ª guerra foi
prisioneiro de guerra, na Alemanha. Depois da guerra, regressou a Itália e
estudou no Conservatório Boito, em Parma.
Estreou-se como barítono em 1948, no papel de Fígaro, da ópera “O Barbeiro de
Sevilha”, de Rossini. Em 1951, depois de retreinar a voz, teve a sua estreia
como tenor, em Bari, no papel principal de “Andrea Chenier”, de Umberto
Giordano. Nesse mesmo ano, para assinalar o 50º aniversário da morte de Verdi,
a Rádio Televisão Italiana contratou-o para uma série de transmissões de óperas
menos conhecidas daquele compositor.
Em 1953, Carlo Bergonzi estreou-se no La Scala de Milão e em Londres e, em
1955, na ópera Lírica de Chicago. Um ano depois estreou-se no Metropolitan
Opera, no papel de Radamés, da “Aida”, de Verdi. Nos anos 60 prosseguiu uma
brilhante e intensa carreira, tanto em casas de ópera como em gravações de
estúdio. Continuou a dar concertos até aos anos 80, altura em que as suas
qualidades vocais se começaram a deteriorar, devido à idade.
Mas o seu concerto de despedida só se veio a realizar no dia 17 de Abril de
1996, no Carnegie Hall. No ano 2000 foi anunciado que Carlo Bergonzi iria
interpretar o papel de Othelo, no dia 3 de Maio desse ano. Mas, devido a
problemas de garganta, teve que ser substituído. Resta apenas uma gravação do
ensaio geral onde se percebe que, embora com 75 anos, a voz de Carlo Bergonzi
continuava fresca.
Ária “Vesti la
giubba", da ópera “I Pagliacci”, de Leoncavallo
Tenor: Carlo Bergonzi
Maestro: Daniel Lipton
Tenor: Carlo Bergonzi
Maestro: Daniel Lipton
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