No dia 14 de Julho de 1795, a canção 'A Marselhesa', composição de Rouget de Lisle, foi proclamada hino nacional da França.
Rouget de Lisle, que viveu entre 1760 e 1836 foi
oficial do exército francês em Estrasburgo e é o autor da letra e da música do
“Chant de guerre pour l'armée du Rhin”, uma canção revolucionária. O sucesso
desta composição foi tão grande, especialmente entre as unidades do exército de
Marselha, que se tornou o hino nacional francês sob o nome de “La
Marseillaise”.
Napoleão Bonaparte baniu A Marselhesa durante o império, assim como Luís XVIII
na segunda restauração, devido ao seu carácter revolucionário. A revolução de
1830 restabeleceu-lhe o estatuto de hino nacional. Entretanto, Napoleão III
tornaria a bani-la até que, em 1879, com a instauração da III República, a
canção foi definitivamente confirmada como o hino nacional francês, acto esse
reafirmado nas constituições de 1946 e 1958.
Alguns compositores aproveitaram o tema para as suas obras. Entre eles
encontra-se Hector Berlioz, que, em 1830, reescreveu a Marselhesa para
orquestra completa e coros e dedicou a obra ao autor original do hino que, na
altura, vivia na pobreza, em Choisy, perto de Paris. Rouget de Lisle escreveu a
Berlioz uma carta de agradecimento, no dia 30 de Dezembro de 1830, convidando-o
a fazer-lhe uma visita. Berlioz respondeu-lhe que o iria visitar depois do seu
regresso de Roma, onde tinha que se deslocar para receber um prémio. Acontece
que Rouget de Lisle, morreu entretanto e Berlioz nunca o chegou a conhecer.
A Marselhesa, de Rouget
de Lisle – Arranjos para orquestra e coros, de Berlioz
Soprano - Sylvia McNair
Tenor - Richard Leech
Coro e Orquestra Sinfónica de Baltimore
Maestro - David Zinman
Soprano - Sylvia McNair
Tenor - Richard Leech
Coro e Orquestra Sinfónica de Baltimore
Maestro - David Zinman
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