No dia 16 de Julho de 1989 morreu, em Anif, uma localidade próxima a Salzburgo, o maestro austríaco Herbert von Karajan. Tinha nascido no dia 5 de Abril de 1908, em Salzburgo.
Regeu durante 60 anos, 35 dos quais à frente da orquestra que, com ele, mais prestígio granjeou entre todas: a Filarmónica de Berlim. A associação da sua pessoa aos alemães (era conhecido como “o mais alemão” dos maestros) vem do seu carácter e da ligação com a grande orquestra de Berlim. Em 1933, estreou-se no Festival de Salzburgo e, no ano seguinte, dirigiu pela primeira vez a Orquestra Filarmónica de Viena. Ainda em 1933, no dia 8 de Abril, tornou-se membro do Partido Nazi. Posteriormente, judeus como Isaac Stern, Arthur Rubinstein e Itzhak Perlman recusaram-se a participar em concertos com Karajan.
Em 1946, realizou o seu primeiro concerto depois da guerra, em Viena, com a Orquestra Filarmónica, mas foi banido de futuras actividades pelas autoridades da ocupação soviética. Após ter participado anonimamente no Festival de Salzburgo, no ano seguinte foi autorizado a voltar à actividade de maestro.
No dia 16 de Maio de 1968 dirigiu a Orquestra Filarmónica de Berlim no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Ao concerto assistiu o então Presidente da República, Almirante Américo Tomás. À margem da sua actividade artística, Karajan era um grande apaixonado por carros. Em privado, afirmava que a mais bela sinfonia do mundo era produzida por um motor de doze cilindros.
Embora tenha interpretado muitos outros compositores, Herbert von Karajan é muitas vezes indicado como o grande intérprete de Beethoven – e a verdade é que merece essa honrosa referência.
A Vitória de Wellington, de Beethoven
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro: Herbert von Karajan
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