No dia 17 de Julho de 1959, um médico de Nova Iorque confirmou o óbito de uma mulher cujo verdadeiro nome era Eleanor Fagan Gough. Os fãs tratavam-na por Lady Day. Mas foi ainda outro o nome por que ficou conhecida aquela que muitos consideram a maior de todas as cantoras de jazz.
Assim começou a vida de Billie Holiday.
Mas, para uma menina negra, pobre e americana, sempre poderia vir pior. E veio: aos 10 anos, Billie foi violentada por um vizinho e acolhida – ela, não ele – numa casa de correcção de menores. Aos 12 anos saiu e foi lavar escadas para sobreviver. Só aos 14 caiu na prostituição.
Um dia, Billie e a mãe receberam ordem de despejo. A miúda foi a um bar e ofereceu-se para dançar. Um desastre. O pianista do bar teve pena e perguntou-lhe se sabia cantar. No final da noite, Billie Holiday assinava o seu 1º contrato de trabalho, como cantora. Tinha 15 anos.
Viveu em glória até aos 25. O álcool e as drogas foram mais fortes do que a voz que o mundo inteiro admirava e os entendidos adoravam.
* Texto de António Leal Salvado http://quadratim.blogspot.pt/search?q=billie
“I Loves You Porgy”, da ópera “Porgy and Bess”, de George Gershwin
Billie Holiday
Billie Holiday
Sem comentários:
Enviar um comentário