No dia 16 de Abril de 1958 morreu a soprano irlandesa Margaret Sheridan, que, nunca tendo cantado no seu país natal, foi uma das principais sopranos dos anos 20 do século passado. Tinha nascido em Castlebar, Condado de Mayo, na Irlanda, no dia 15 de Outubro de 1889.
Infelizmente começou tarde e teve uma carreira
curta. Estreou-se em Roma, em 1918, na ópera La Bohème, de Puccini. No ano
seguinte, apareceu pela primeira vez no Covent Garden, em Londres. Foi muito
bem recebida pelo público e muito elogiada pela crítica. Em 1919 regressou a
Itália para se estrear na ópera Madame Butterfly, de Puccini, no dia 30 de
Dezembro. Estreou-se no La Scala de Milão no dia 6 de Abril de 1922 e, em 1923,
cantou com Beniamino Gigli, em Rimini, na ópera Andrea Chenier, de Umberto
Giordano. Foi com esta ópera que Gigli se estreou no Covent Garden, em 1930,
novamente ao lado de Margaret Sheridan.
Foi convidada para cantar nos Estados Unidos, mas recusou. Não há dúvidas de
que Sheridan foi muito estimada em Itália durante vários anos e que cantou com
muitos dos principais tenores dos anos trinta, do séc. XX. Deixou-nos muitas
gravações memoráveis, entre elas, duetos com o tenor Aureliano Pertile, de
Manon Lescaut, Madame Butterfly e Andrea Chenier.
Ária “Un bel di vedremo", da ópera “Madama Butterfly”,
de Puccini
Soprano: Margaret Sheridan
Orquestra do Teatro alla Scala de Milão
Orquestra do Teatro alla Scala de Milão
Maestro: Carlo Sabajno
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