No dia 23 de Abril de 1882 nasceu, em S. Petersburgo, na Rússia, o maestro e compositor Albert Coates.
De pai inglês e mãe russa foi o mais novo dos
sete filhos do casal. Estudou no Conservatório de Leipzig, trabalhou, durante
algum tempo, na Semperoper, em Dresden e foi maestro no Teatro Mariinsky, em S.
Petersburgo. Com grande dificuldade, conseguiu fugir da Rússia em Abril de
1919.
Estreou-se na Royal Opera House, Covent Garden, em 1914, dirigindo a ópera
Tristão e Isolda, de Wagner. Dinâmico na sua abordagem e com especial sucesso
na música russa, deu a conhecer ao público muitas obras novas, incluindo peças
de Ralph Vaughan Williams, Arnold Bax e Alexander Scriabin, e, ainda mais digno
de nota, dirigiu a primeira apresentação completa da Suite “Os Planetas”, de
Gustav Holst.
Nos anos 20 e 30 do séc. XX, Albert Coates trabalhou, frequentemente, com a Orquestra
Sinfónica de Londres. Desempenhou um papel importante na inclusão da música
orquestral no gramofone, começando, em 1920, com o Poema do Êxtase, de
Scriabin, depois, dirigindo vários excertos do Anel dos Nibelungos, de Wagner
e, em 1925, a gravação completa da nona sinfonia, de Beethoven. Foi ele o
maestro quando Vladimir Horowitz gravou, pela primeira vez, o Concerto nº 3,
para piano, de Rachmaninoff.
Em 1925, Albert Coates dirigiu a primeira representação, em palco, fora da
Rússia, da ópera “A cidade invisível de Kitezh”, de Rimsky Korsakov. Entre as
suas composições encontramos as óperas “Samuel Pepys” e “Pickwick”, um concerto
para piano e o poema sinfónico “A Águia”, dedicado à memória do seu antigo
professor Artur Nikisch. Em 1946, Albert Coates radicou-se em Milnerton, Cidade
do Cabo, na África do Sul, onde morreu no dia 11 de Dezembro de 1953.
Poema sinfónico “Uma
noite no Monte Calvo”, de Mussorgsky
Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: Albert Coates
Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: Albert Coates
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