Não se sabendo ao certo a data de nascimento de Beethoven, presume-se que tenha sido no dia 16 de Dezembro de 1770, já que foi baptizado no dia 17, na Renânia do Norte, Alemanha.
Foi um compositor do período de transição entre
o Classicismo e o Romantismo. É considerado um dos pilares da música ocidental,
permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de
todos os tempos. “O resumo da sua obra é a liberdade,” observou o crítico
alemão Paul Bekker, “a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo,
a sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os
aspectos da vida.”
Goethe definiu-o como "Uma criatura completamente indomável."
Nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional
para a música. Com apenas 8 anos, foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o
melhor mestre de cravo da cidade, que lhe deu uma formação musical sistemática,
e lhe deu a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada
em 1780, Neefe afirmava que o seu discípulo, de dez anos, dominava todo o
repertório de Johann Sebastian Bach, e apresentava-o como um segundo Mozart.
Beethoven compôs as suas primeiras peças aos 11 anos, iniciando a sua carreira
de compositor. Em 1784, já era organista-assistente da Capela do Eleitor e,
pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor,
assumindo, nesta altura, a chefia da família, devido à doença do pai -
alcoolismo. Em 1787, com o patrocínio do Conde de Waldstein, a quem mais tarde
dedicou algumas das suas obras, foi para Viena, para estudar com Joseph Haydn.
O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou os seus estudos. No entanto,
teve que regressar pouco tempo depois, devido à morte da mãe. A partir daí, com
apenas 17 anos, teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que o seu
pai tinha perdido o emprego, devido ao elevado grau de alcoolismo.
Inscreveu-se num curso de literatura, durante o qual teve o primeiro contacto
com os ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com o movimento
literário romântico “Tempestade e Paixão”, do qual faziam parte Schiller e
Goethe. Em 1792, já com 21 anos, mudou-se para Viena onde permaneceu até ao fim
da vida. Tornou-se um pianista virtuoso e começou então a publicar as suas
obras.
Foi nesta cidade que Beethoven começou a sentir os primeiros sintomas da sua
grande tragédia. Aos 26 anos, foi-lhe diagnosticada uma congestão dos centros
auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a
isolar-se e a ter grandes depressões. Consultou vários médicos, fez curativos,
usou cornetas acústicas, mas os seus ouvidos permaneciam entupidos.
Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.
Durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos,
estava praticamente surdo. Nem por isso deixou de compor.
As suas obras, criadas sem a menor preocupação em respeitar as regras até então
seguidas, são aclamadas por todos. Beethoven inaugura a tradição do compositor
livre, que escrevia música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou nobre.
Tudo, em Beethoven, traz a marca da liberdade; era solitário, não tinha
vínculos nem responsabilidades com ninguém senão consigo mesmo. Em 1827, no dia
26 de Março, às 17h45, durante uma tempestade, Beethoven morreu, vitimado por
cirrose crónica - herdada, talvez, do pai - brandindo a mão fechada contra o
céu, num último gesto de rebeldia. Conta-se que cerca de dez mil pessoas foram
ao seu funeral, entre elas Franz Schubert.
1º andamento da Sinfonia
nº 5, de Beethoven
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão da Baviera
Maestro-Leonard Bersntein
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão da Baviera
Maestro-Leonard Bersntein
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