No dia 11 de Dezembro de 1803 nasceu, perto de Grenoble, o compositor francês Hector Berlioz, cuja vida, passada entre sucessos e tormentos, faz jus à ideia de que o artista é sempre um sofredor.
É um dos mais vivos símbolos do artista romântico, com toda a
grandeza que o romantismo implica nos homens da arte e da cultura do séc. XIX: Génio
assombrosamente original, vida cheia de contratempos, amores obsessivos e
perniciosos, talento oscilando entre a obra genial e a incompreensão de quase
todos.
Quis aprender música enquanto jovem, mas a família mandou-o estudar medicina.
Só aos 22 anos conseguiu entrar no Conservatório, mas teve de concorrer 4 vezes
ao Prémio de Roma para conseguir vencê-lo. Apaixonou-se perdidamente pela
actriz irlandesa Harriet Smithson, mas só depois de seis anos de sofrimento
casou com ela… e depois foram os dois infelizes.
Uma das suas principais obras, “A Morte de Cleópatra”, foi a última das três
tentativas falhadas para ganhar o Prémio de Roma. O júri recusou energicamente
atribuir-lhe o prémio, para não mostrar apoio oficial a um jovem que revelava
“tendências tão perigosas…”
Do longo padecimento amoroso pela actriz Harriet Smithson nasceu a obra-prima
de Berlioz: a “Sinfonia Fantástica”. A intenção era descrever aquele amor
obsessivo, em que a amada aparece e reaparece em cada andamento, como o que o
próprio compositor admitiu ser uma “ideia fixa”.
2º andamento da
“Sinfonia Fantástica”, de Berlioz
Orquestra Nacional de França
Maestro:Leonard Bernstein
Orquestra Nacional de França
Maestro:Leonard Bernstein
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