No dia 28 de Dezembro de 1775, nasceu, em Lisboa, o pianista, compositor e pedagogo português João Domingos Bomtempo.
Era filho de Francesco Saverio Bomtempo, oboísta
na Corte de Lisboa, que veio a ser o seu primeiro professor de música. Estudou
no Seminário Patriarcal e, aos 14 anos, foi admitido na Irmandade de Santa
Cecília, como cantor da Capela Real da Bemposta.
Em 1801 Bomtempo decidiu ir para França, contrariando o costume dos músicos
portugueses da época e pondo de lado uma eventual continuação dos estudos em
Itália. Foi, então, para Paris, onde encontrou o melhor ambiente para
desenvolver a sua vocação musical e conviveu com o grupo de exilados, adeptos
das novas correntes filosóficas e políticas, que se reuniam à volta do poeta Filinto
Elísio. Acolhido por este grupo de emigrantes que partilhavam as suas ideias
liberais iniciou uma carreira de pianista e estreou algumas das suas primeiras
composições.
Em 1810, ano em que a sua 1ª Sinfonia é alvo dos maiores elogios por parte da
crítica parisiense, foi para Londres. Na capital britânica é, uma vez mais, bem
recebido pela comunidade portuguesa e algumas famílias da aristocracia inglesa
dão-lhe as boas vindas especialmente como professor de piano. Dado o perfil das
pessoas com que se relaciona, é provável que date desta época a sua iniciação
na Maçonaria. Em 1815, após o congresso de Viena, regressou a Portugal. Depois,
voltou a Londres, passou novamente por Paris e regressou, definitivamente, a
Lisboa, onde, embora se dedicasse mais ao ensino, continuou a compor até 1842,
ano em que faleceu, no dia 18 de Agosto.
Requiem à memória de
Camões, de João Domingos Bomtempo (excerto)
Coro e Orquestra de Câmara Americantiga
Maestro: Ricardo Bernardes
Coro e Orquestra de Câmara Americantiga
Maestro: Ricardo Bernardes
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