No dia 8 de Dezembro de 1865, nasceu, na cidade de Hämeenlinna, no Grão-Ducado da Finlândia, então pertencente ao Império Russo, o compositor finlandês Jean Sibelius, um dos mais populares do final do séc. XIX e início do séc. XX e cuja genialidade musical desempenhou um papel importante na formação da identidade nacional finlandesa.
Era conhecido pela família como Janne mas,
quando era estudante, teve a ideia de usar a forma francesa do nome e passou a
ser conhecido por Jean. Terminou o liceu em 1885 e começou a estudar Direito na
Aleksander's Imperial University, em Helsínquia. As suas melhores notas eram na
disciplina de música e, por isso, desistiu de Direito e, de 1885 a 1889,
estudou música na escola de música de Helsínquia (hoje a Academia Sibelius). De
1889 a 1890 continuou os estudos em Berlim e, depois, em Viena, até 1891.
Em 1911 submeteu-se a uma intervenção cirúrgica, por suspeita de cancro na
garganta. A perspectiva de morte coloriu várias das suas composições na época,
incluindo Luonnotar e a Quarta Sinfonia. Mas Sibelius só veio a falecer no dia
20 de Setembro de 1957, em Järvenpää. Está sepultado num jardim de Ainola, a
casa que Sibelius mandou construir e onde viveu desde 1904. Em 1972, as duas
filhas de Sibelius ainda vivas venderam Ainola ao Estado da Finlândia. O então
Ministro da Educação e a Sociedade Sibelius transformaram-na num museu, que
está aberto desde 1974.
A principal parte da música de Sibelius é a sua colecção de sete sinfonias.
Como Beethoven, o compositor finlandês usou cada uma das suas sinfonias para
trabalhar uma ideia musical ou desenvolver o seu próprio estilo.
Sibelius fez parte de um grupo de compositores que aceitou as normas de composição
do Século XIX. Por essa sua preferência, foi muitas vezes criticado como
conservador, por críticos que o comparavam sobretudo com Gustav Mahler, seu
grande rival musical. Mas a natureza severa da orquestração de Sibelius era
para ele uma opção por um estilo em que à música se deve retirar tudo o que é
supérfluo – e isso pode mesmo ser visto como uma "característica
finlandesa".
Ciente do que queria e do papel que a sua música desempenhava como
característica da identidade finlandesa, Sibelius – que viria a ser reconhecido
pelo seu país ao ponto de o governo ter encomendado o desenho de uma imagem sua
ao consagrado artista gráfico Erik Bruun para a cunhar numa nota da moeda
oficial – reagiu sempre com firmeza às críticas de conservadorismo que eram
dirigida à sua música. Ficou célebre a sua frase: «Não prestem atenção ao que os críticos dizem. Nunca nenhum prémio foi
dado a um crítico.»
Jean Sibelius faleceu no dia 20 de Setembro de 1957.
Valsa Triste, de
Sibelius
Deutsche Kammerphilharmonie Bremen
Maestro: Paavo Järvi
Deutsche Kammerphilharmonie Bremen
Maestro: Paavo Järvi
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