No dia 24 de Março de 1916 morreu o pianista e compositor espanhol Enrique Granados. Tinha nascido em 1867, na cidade catalã de Lérida.
Teve em vida grande sucesso, logo desde quando,
aos 16 anos, ganhou um importante prémio com a interpretação da Sonata para
Piano nº 2 de Schumann. O seu talento como pianista valeu-lhe começar a dar
concertos públicos e deslocar-se depois para Paris para continuar os estudos.
Por lá conheceu Debussy, Ravel e Saint-Saëns e aprendeu muito durante 3 anos –
e regressou em boa hora à sua Catalunha.
Em Barcelona, foi muito aclamado como concertista. E depressa ganharam
popularidade as suas composições – principalmente as canções para voz e piano e
as diversas obras para piano que escreveu. A sua obra-prima, a suite para piano
"Goyescas", escrita em 1911, por inspiração em quadros de Goya (e
muito influenciada por Liszt) caiu nas graças da Academia Nacional de Música de
Paris, que lhe propôs transformar as Goyescas numa grande ópera. Estalou
entretanto a Grande Guerra e o projecto ficou adiado.
A ópera viria a surgir na América. Granados cedeu a obra ao Metropolitan Opera
House de Nova Iorque, que a levou à cena em 1916, sob a direcção do próprio
compositor. Mas esta estreia foi fatídica para Enrique Granados. No regresso de
Nova Iorque, o navio em que viajava foi bombardeado por um submarino alemão. O
compositor e a sua mulher morreram afogados no Canal da Mancha.
Para a História ficaram as magníficas composições de Enrique Granados. Para
além das Goyescas, o compositor tem sido muito lembrado – e tocado – por causa
das suas famosas Danças Espanholas. Perpetuadas por variadas interpretações de
grandes guitarristas, as Danças Espanholas foram compostas para piano – afinal
o instrumento de Granados.
Dança Espanhola nº 5, de
Granados
Piano: Aldo Ciccolini
Piano: Aldo Ciccolini
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