No dia 19 de Março de 1917 nasceu, em Bucareste, na Roménia, o pianista Dinu Lipatti, considerado um dos mais perfeitos pianistas do séc. XX.
Apesar da sua curta carreira e das poucas
gravações que nos deixou, é considerado um dos melhores pianistas do séc. XX.
Nasceu num meio musical: o pai era violinista, a mãe pianista e o padrinho era
o violinista e compositor George Enescu. Ficou em segundo lugar no concurso
internacional de piano de Viena. Em protesto, Alfred Cortot demitiu-se do júri,
porque achava que Dinu Lipatti devia ter ficado em primeiro lugar.
Depois de ter ganho o 2º prémio no concurso de Viena, foi para Paris, onde
estudou com Cortot, Nadia Boulanger, Paul Dukas e Charles Münch. A sua carreira
foi interrompida durante a segunda guerra mundial. Embora continuasse a dar
concertos por toda a Europa, incluindo os territórios ocupados pelos Nazis, em
1943 fugiu da Roménia e fixou-se, com a sua mulher, em Génova, na Suíça, onde
aceitou a posição de professor no conservatório. Foi nesta altura que se
manifestaram os primeiros sinais de doença. No início, os médicos não sabiam
bem de que doença se tratava, mas, em 1947, foi-lhe diagnosticada a doença de
Hodgkin's. Como resultado, as suas actuações em público tornaram-se cada vez
menos frequentes.
Lipatti deu o seu último recital em Besançon, no dia 16 de Setembro de 1950.
Apesar da doença avançada, executou, brilhantemente, a Partita em si bemol
maior, de Bach, a Sonata em lá menor de Mozart, os Impromptus em sol maior e em
mi bemol maior de Schubert e treze das catorze valsas de Chopin. Excluiu a nº
2, porque estava demasiado exausto para a tocar. Em sua substituição,
interpretou a transcrição de Myra Hess de “Jesus, alegria dos homens”, de Bach.
Morreu três meses depois, no dia 2 de Dezembro de 1950, com apenas 33 anos. O
poder, beleza e sinceridade das suas gravações continua a inspirar pianistas e
amantes da música por esse mundo fora. Além de ser um magnífico pianista, Dinu
Lipatti foi, também, compositor, que escreveu num estilo neo-clássico, com
influências francesas e romenas. Em 1997, foi, postumamente, admitido como
membro da Academia Romena.
1ª parte da Partita nº 1,
em si bemol maior, BWV 825, de Johann Sebastian Bach
Piano: Dinu Lipatti
Piano: Dinu Lipatti
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