No dia 8 de Maio de 1991, morreu, na sua quinta, em Guilford, nos Estados Unidos, o pianista Rudolf Serkin. Tinha nascido na Boémia (actual República Checa) de uma família de judeus russos, no dia 28 de Março de 1903.
Revelando-se uma criança prodígio, foi enviado
para Viena para estudar piano, com a idade de 9 anos. Aos 12 fez a sua estreia
pública com a Filarmónica de Viena e aos 15 passou a estudar composição com
Arnold Schonberg. Durante a década de 1920 viveu em Berlim, na casa do
violinista Adolf Busch, com cuja filha, Irene Busch, viria mais tarde a casar
na Suíça, para onde fugiram por ocasião do crescimento do nazismo na Alemanha.
Em 1933 fez a primeira apresentação nos Estados Unidos, tocando com Adolf Busch
no Festival Coolidge, em Washington D.C.
Em 1936 fez o seu concerto de carreira a solo nos Estados Unidos, com a
Filarmónica de Nova Iorque, dirigida por Arturo Toscanini. Os críticos foram
entusiásticos, descrevendo-o como “um
artista de talento raro e impressionante, possuindo uma técnica cristalina,
cheia de poder, delicadeza e pureza tonal”. Foi o início de uma longa e bem-sucedida
carreira, que passou também pelo ensino de gerações no Curtis Institute de
Filadélfia, de que foi director, e pela distinção com a Medalha Presidencial da
Liberdade, em 1964. Quando morreu, em 1991, ficou recordado por tudo isso – com
um particular destaque para as suas excepcionais interpretações de Beethoven.
1º andamento da Sonata
nº 32, op. 111, de Beethoven
Piano: Rudolf Serkin
Piano: Rudolf Serkin
Sem comentários:
Enviar um comentário