sexta-feira, 16 de maio de 2014

Friedrich Gulda – O “pianista terrorista”

No dia 16 de Maio de 1930 nasceu, em Viena, o pianista e compositor austríaco Friedrich Gulda, que se destacou tanto na música clássica como no jazz.


Começou a aprender piano aos sete anos, no conservatório de Viena, com Felix Pazofsky. Em 1942, entrou para a Academia de Música de Viena, onde estudou piano e teoria musical. Ganhou o primeiro prémio no concurso internacional de Genebra, em 1946. A partir daí, começou a dar concertos por todo o mundo.
Juntamente com Jörg Demus e Paul Badura-Skoda, Gulda formou o grupo que se tornou conhecido como "troika de Viena". A partir da década de 1950 começou a interessar-se por jazz, tocando com vários músicos de Viena e compondo canções e temas instrumentais, que, às vezes, combinavam o jazz com a música erudita. Em 1982, Gulda juntou-se ao pianista Chick Corea, com quem fazia longas improvisações, misturando jazz e música clássica.
Certas práticas não ortodoxas valeram-lhe a alcunha de "pianista terrorista". Manifestava grande desprezo pelas autoridades, como a Academia de Viena. Foi-lhe atribuído o prémio "Beethoven Ring", pelas suas interpretações notáveis daquele compositor, mas recusou o prémio. Chegou a encenar a sua própria morte, em 1999, cimentando o seu estatuto de “enfant terrible”, entre os pianistas.
Mesmo assim, Gulda é amplamente reconhecido como um dos mais proeminentes pianistas do século XX. Entre os seus alunos, destacam-se a pianista Martha Argerich e o maestro Claudio Abbado. Expressou o desejo de morrer no dia do aniversário do seu compositor favorito, Mozart, o que de facto aconteceu, no dia 27 de Janeiro de 2000.
1º andamento do Concerto nº 20, para piano, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Munique
Maestro e pianista: Friedrich Gulda

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