quarta-feira, 19 de março de 2014

Dinu Lipatti – Pianista e compositor romeno

No dia 19 de Março de 1917 nasceu, em Bucareste, na Roménia, o pianista Dinu Lipatti, considerado um dos mais perfeitos pianistas do séc. XX.


Apesar da sua curta carreira e das poucas gravações que nos deixou, é considerado um dos melhores pianistas do séc. XX. Nasceu num meio musical: o pai era violinista, a mãe pianista e o padrinho era o violinista e compositor George Enescu. Ficou em segundo lugar no concurso internacional de piano de Viena. Em protesto, Alfred Cortot demitiu-se do júri, porque achava que Dinu Lipatti devia ter ficado em primeiro lugar.
Depois de ter ganho o 2º prémio no concurso de Viena, foi para Paris, onde estudou com Cortot, Nadia Boulanger, Paul Dukas e Charles Münch. A sua carreira foi interrompida durante a segunda guerra mundial. Embora continuasse a dar concertos por toda a Europa, incluindo os territórios ocupados pelos Nazis, em 1943 fugiu da Roménia e fixou-se, com a sua mulher, em Génova, na Suíça, onde aceitou a posição de professor no conservatório. Foi nesta altura que se manifestaram os primeiros sinais de doença. No início, os médicos não sabiam bem de que doença se tratava, mas, em 1947, foi-lhe diagnosticada a doença de Hodgkin's. Como resultado, as suas actuações em público tornaram-se cada vez menos frequentes.
Lipatti deu o seu último recital em Besançon, no dia 16 de Setembro de 1950. Apesar da doença avançada, executou, brilhantemente, a Partita em si bemol maior, de Bach, a Sonata em lá menor de Mozart, os Impromptus em sol maior e em mi bemol maior de Schubert e treze das catorze valsas de Chopin. Excluiu a nº 2, porque estava demasiado exausto para a tocar. Em sua substituição, interpretou a transcrição de Myra Hess de “Jesus, alegria dos homens”, de Bach. Morreu três meses depois, no dia 2 de Dezembro de 1950, com apenas 33 anos. O poder, beleza e sinceridade das suas gravações continua a inspirar pianistas e amantes da música por esse mundo fora. Além de ser um magnífico pianista, Dinu Lipatti foi, também, compositor, que escreveu num estilo neo-clássico, com influências francesas e romenas. Em 1997, foi, postumamente, admitido como membro da Academia Romena.
1ª parte da Partita nº 1, em si bemol maior, BWV 825, de Johann Sebastian Bach
Piano: Dinu Lipatti

Sem comentários:

Enviar um comentário