No dia 7 de Agosto de 1893, faleceu, em Milão, o compositor italiano Alfredo Catalani. Tinha nascido em Lucca, a 19 de Junho de 1854.
Ficou mais conhecido pelas
suas óperas “La Wally” e “Loreley”. As suas outras óperas tiveram menos sucesso
devido à menor qualidade dos libretos. Estudou no Conservatório de Milão com
Antonio Bazzini, que também ensinou Puccini, e que acabaria por ser director do
Conservatório.
Catalani opôs-se à corrente chamada de “verismo”, que afirmava o direito do
artista de representar a realidade com todos os seus contornos, sem restrições
nem preconceitos, estilo que se popularizou por volta de 1880. Preferiu optar
por um estilo de composição mais tradicional.
A maioria das suas obras já não faz parte do reportório actual dos teatros de
ópera, preteridas pelas de Massenet e Puccini, de cujas obras a sua música mais
se aproxima, bem como pelas de Amilcare Ponchielli, cuja influência também se
pode sentir no trabalho de Catalani. Apesar de tudo, “La Wally” continua a ser
apresentada ocasionalmente.
Alfredo Catalani morreu de tuberculose, em 1893, e foi enterrado no Cemitério
Monumental, em Milão, onde Ponchielli e o maestro Arturo Toscanini também
repousam. Toscanini, sendo um vigoroso defensor da música de Catalani, deu o
nome de Wally à sua filha, em homenagem à ópera de maior sucesso do compositor
e, em 1952, dirigiu a Orquestra Sinfónica da NBC, no Carnegie Hall, num
concerto que incluiu o prelúdio do 4º acto da ópera “La Wally” e a “Dança das
Ninfas Aquáticas”, de “Loreley”, que deu origem a uma gravação para a RCA
Victor.
Ária “Ebben? Ne andrò lontana”, da ópera “La
Wally”, de Alfredo Catalani
Soprano: Anna Netrebko
Orquestra Nacional da Bélgica
Maestro: Emmanuel Villaume
Soprano: Anna Netrebko
Orquestra Nacional da Bélgica
Maestro: Emmanuel Villaume
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