quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Oratória “Messias”, de Haendel

No dia 6 de Agosto de 1768, estreou-se, no Palácio Pitti di Firenze, a oratória “Messias”, de Georg Friedrich Haendel, talvez uma das obras corais mais conhecidas de sempre.


“Messias”, HWV 56, é uma oratória composta por 51 movimentos e foi escrita por Haendel em 1741. É a sua mais famosa criação e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. Narra a vida de Jesus Cristo desde a sua anunciação profética, o seu nascimento, vida, morte e ascensão ao céu.
Em 1741, Haendel recebeu um convite do Lord Lieutenant da Irlanda para ajudar a angariar dinheiro para três instituições de caridade de Dublin, através de apresentações musicais. Embora doente na altura, Haendel estava determinado a compor uma nova oratória sacra para a ocasião e pediu a Charles Jennens, o seu libretista em “Saul” e “Israel no Egipto”, um tema apropriado. Jennens respondeu com uma série de versículos do Velho e do Novo Testamentos arranjados num "argumento" em três partes.
Na época, o texto suscitou controvérsia, com alguns jornais considerando-o de natureza blasfema. O produto acabado, contudo, teve outra receptividade, sendo elogiado em Berlim e depois em Londres. Haendel fez várias revisões subsequentes, incluindo uma versão criada para o Hospital Thomas Coram, em 1754.
A tradição conta que na primeira apresentação do “Messias”, em Londres, o rei da Inglaterra, Jorge II, estava presente. Quando o coro começou a entoar os primeiros acordes do “Halleluia”, o rei, impressionado com a potência e a beleza daquela oração, levantou-se automaticamente da poltrona. Quando viram que o rei estava em pé, todas as pessoas se ergueram. Daí o costume de a assistência permanecer de pé durante a execução desta parte da oratória.
O nome da oratória foi tirado do conceito judaico e cristão de messias. Para os cristãos, o messias é Jesus. O próprio Händel era um cristão devoto e a obra é uma apresentação da vida de Jesus e do seu significado, de acordo com a doutrina cristã.
Apesar de a obra ter sido concebida para a Páscoa, após a morte de Händel tornou-se tradição executá-la durante o Advento, o período preparatório para as festas do Natal. Mas é também, muitas vezes, executada no domingo de Páscoa.
Halleluia, da Oratória “Messias”, de Haendel
Mormon Tabernacle Choir
Orchestra at Temple Square
Maestro: Mack Wilberg

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